Guitarra, contrabaixo, bateria, piano, sax, trompetes, tocavam há um bom tempo. Músicos também na pequena platéia, bocas abertas, cigarros para acompanhar, todos extasiados, concentrados, quase isolados perdidos em mínimos detalhes e em acordes menores. Era gorda como uma cantora de ópera, mas ninguém a viu entrar, por pouco não a ouvem também cantar. Sentiu-se apenas uma vibração a mais junto aos trompetes. Desviaram-se os olhos das mãos e das bocas dos instrumentistas para procurar. Ela era uma vibração a mais. Hipnotizante vibração a mais de sua voz junto aos trompetes. Ela era gorda como uma cantora de ópera, mas cantava jazz.
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